O que é o metaverso ? Em busca de unir o mundo virtual e real, o metaverso sai das páginas dos livros e ganha destaque e importância em mesas de investidores e de grandes empresas. O anseio por mudanças e atingir esse mercado foi dado pelo “antigo” Facebook, renomeado atualmente como Meta.
O que é metaverso ?
O metaverso pode ser interpretado como uma nova camada de integração entre os mundos real e virtual. Na prática, é um ambiente imersivo virtual que por diferentes tecnologias se unem a realidade aumentada, virtual e holograma.
Podemos imaginar o filme Matrix (2000) dirigido e roteirizado pelas irmãs Wachowski. No longa, as pessoas vivem uma realidade virtual elaborada por uma inteligência artificial que usa os humanos para produzir energia. O metaverso tenta emular esse espírito mas sem máquinas perversas no caminho.
Nesse universo, as pessoas podem interagir umas com as outras, estudar, fazer compras e trabalhar tudo feito pelos seus avatares 3D customizados. Ou seja, o mais importante é interagir e não ser um mero espectador.
Admiradores veem no metaverso uma extensão da internet. Especialistas apocalípticos enxergam um risco para a privacidade e do vício de querer ficar horas nesse novo “mundo”. Com a implementação e o amadurecimento do 5G, grandes empresas apostam no metaverso como o futuro dos negócios.
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Como Surgiu o Metaverso ?
Apesar de sua fama atualmente, o termo metaverso é bem antigo. Ele foi descrito pela primeira vez pelo escritor Neal Stephenson em seu livro “Show Crash” publicado em 1992. A obra conta a história de Hiro, personagem que no mundo real é entregador de pizza e no mundo virtual era um samurai.
Já em 2011 Ernert Cline tratou desse tema no livro O jogador número 1. No exemplar os personagens vivem em um mundo distópico e para fugir daquela péssima realidade embarcam no mundo virtual e passam horas jogando em um mundo em que você pode ser o que quiser.
Metaverso e suas primeiras tentativas
Com a febre do jogo Second Life, lançado em 2003 pela empresa Liden Lab. O game apresentava um ambiente virtual 3D que simulava a vida real em que os jogadores poderiam criar avatares e socializar uns com os outros.
O jogo atraiu milhares de pessoas mas não conseguiu integrar completamente o mundo real e virtual. Um dos motivos é que o projeto não tinha uma economia digital, e as pessoas não tinham dinheiro nem propriedades virtuais, algo que é bem normal hoje.
Games como Roblox, Fortnite e Minecraft capturaram a essência do metaverso. Nesses diferentes jogos os jogadores participam de missões, interagem com outros avatares e vão para eventos exclusivos. Por exemplo, o rapper Travis Scott segundo dados da Lightshed se apresentou para mais de 2 milhões de pessoas por meio de diferentes canais dentro do jogo.
O metaverso surgiu no mundo dos games mas a proposta vai muito além dos jogos online. A ideia é que todos os aspectos da vida real como; lazer, trabalho, relacionamentos, estudos e outros sejam permeados de forma imersiva.
Empresas que apostam no metaverso
Não é só o Facebook que entrou de cabeça nesse novo meio. A Nvidia,tem a Ominiverse, uma plataforma colaborativa de simulação. Designers, artistas e outros profissionais podem trabalhar na construção de metaversos.
A Microsoft colocou no mercado no início de 2021, o Mesh, uma plataforma que permite a realização de reuniões com hologramas. Também criou avatares 3D para o Teams.
Podemos destacar também o Banco do Brasil que no final de 2021 lançou uma experiência virtual dentro do servidor do game GTA. No jogo o jogador poderia abrir uma instituição bancária para o seu personagem e até trabalhar como atendente.
Metaverso e seu mercado bilionário
Estimativas da Bloomberg, Inteligence o metaverso deve chegar a US $800 bilhões ( 4,5 trilhões) em 2024, puxado principalmente por eventos realizados nessa nova camada de realidade.
Tecnologias envolvidas
Realidade virtual– VR, se refere a um ambiente virtual construído por softwares. Para se ter acesso a essa simulação, os usuários deve estar logados em computadores, óculos de realidade virtual, games e outros equipamentos.
Realidade Aumentada– É a inserção de dados virtuais no mundo real. Há Óculos de AR que mostram em suas lentes informações sobre o ambiente.
Blockchain e criptos
São bancos de público e descentralizado, as criptomoedas e os NFTs, também dão suporte para o metaverso. Por meio delas, é possível movimentar valores e realizar o registro de propriedades virtuais.
Metaverso e o mercado de criptos
A ideia é que o metaverso tenha uma economia própria e que as pessoas possam usufruir tudo o que temos hoje no mundo virtual, que tenham uma vida própria nesse mundo. A Blochain e as tecnologias que rodam nela, criptos e NFts são essenciais para essa nova realidade.
A reformulada Blockchain tem como base a economia do metaverso. Essa tecnologia que se iniciou com o Bitcoin (BTC), permite a criação de registros imutáveis sem a necessidade de uma terceira via, é uma ferramenta importante para governança. As criptomoedas seriam os meios de troca da plataforma.
E por fim o NFTs serve para negociar e registrar propriedades e itens virtuais. Os tokens não fungíveis são certificados digitais que qualquer um pode ver e confirmar a autenticidade.
Economia cripto
Música– Cantores e Djs do mundo inteiro estão fazendo shows em ambientes virtuais e ganhando por isso.
Publicidade– Donos de imóveis construíram outdoors e passaram a vender esses espaços para quem deseja fazer algum anúncio.
Arte-Diferentes artistas virtuais também comercializam suas obras de arte registradas em NFTs em ambientes virtuais.
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Via: Infomoney