O surgimento do metaverso está fazendo surgir muitas pesquisas que mapeiem o mercado sobre quais serão os benefícios e problemas dessa nova realidade que estamos entrando. Nesse ponto a conferência South by Southwest ( SXSW) 2022, deixou um conteúdo riquíssimo em inovações. Um dos principais desenvolvimentos apresentados foi a relação entre Realidade Virtual, Mal de Alzheimer e o sentimento de solidão.
Em estudo recém publicado da Baycrest Health Sciences, um hospital canadense de pesquisa em geriatria, constatou que o uso de óculos de Realidade Virtual pode ser, na verdade, uma forma de ajudar os idosos com Mal de Alzheimer e ao mesmo tempo guia-los em uma trajetória menos solitária. A exposição a essa nova tecnologia tende a desencadear memórias de curto prazo e incentivar alguns sentidos, sobretudo a audição.
Um Avanço contra doença que afeta milhares de idosos no mundo
Aproximadamente 1,2 milhões de brasileiros hoje sofrem com o Mal de Alzheimer e demência, tendo uma média móvel de 100 mil novos casos anualmente. Já no mundo, segundo dados da Alzheimer’s Disease International, são mais de 50 milhões de pessoas acometidas por doenças neurodegenerativas, lembrando que elas não possuem cura.
Ainda não sabemos exatamente o que causa Mal de Alzheimer e a demência no cérebro humano, mas já é possível medir alguns dos fatores de risco que podem contribuir para degeneração do cérebro. E um deles é a própria solidão.
Uma das provas está em um estudo realizado pela Universidade de Boston, que detectou que pessoas solitárias entre 45 e 64 anos, são mais propensas a desenvolver essas doenças que afetam a mente. Já outra pesquisa realizada no Brasil pela a Academia Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina em 2020, demonstra que houve um aumento de 50% no risco de demência para os idosos durante a pandemia.
Durante o painel da SXSW, o vice-presidente de pesquisa do hospital Baycrest Health Sciences, Aliison Seluker, deu detalhes sobre a doença. Ela enfatizou que o uso da Realidade Virtual não tem o poder de reverter a demência e os danos já causados ao cérebro, mas pode ajudar a retardar sintomas e a progressão de doenças como o Alzheimer, por exemplo, “Não é apenas fazer as pessoas felizes e menos solitárias. Isso está de fato ajudando o cérebro delas”, relatou ela durante o painel.
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Realidade Virtual e o impedimento do avanço da doença
O estudo notou que a Realidade Virtual justamente consegue ativar mais memórias e sentimentos, posto que proporciona aos idosos uma imersão muito mais completa do que utilizar smartphones ou tablets.
“Na verdade, há mudanças na função cerebral quando você está em Realidade Virtual, em vez de ouvir alguém no telefone ou olhar para uma tela”, completou Sekuler.
Com um caráter tridimensional, a Realidade Virtual atinge os mais profundos campos na mente. Com isso consegue simular melhor imagens, sons e até aromas em alguns casos- Vale lembrar que o olfato é um dos sentidos mais conectados á memória.
Já existem empresas que utilizam a Realidade Virtual para promover um aspecto de segurança para quem possuí essas doenças, assim como detectá-la em seus diferentes graus de intensidade
E embora o hospital canadense tenha detectado essa curiosidade em seu estudo, há, de fato, empresas que inclusive usam a Realidade Virtual para promover um aspecto de segurança para os acometidos pela doença, assim como para detectá-la em seus diferentes graus de intensidade.
John O’Keefe neurocientista que recebeu o Prêmio Nobel em 2014, é um dos cientistas que trabalham no uso da Realidade Virtual para identificação dessas doenças neurodegenerativas. Ainda em fase de testes, ele já declarou, em entrevistas públicas, que tem se comprometido a encontrar uma identificação do Mal de Alzheimer de forma precoce.
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Via: Consumidor Moderno